• Shuffle
    Toggle On
    Toggle Off
  • Alphabetize
    Toggle On
    Toggle Off
  • Front First
    Toggle On
    Toggle Off
  • Both Sides
    Toggle On
    Toggle Off
  • Read
    Toggle On
    Toggle Off
Reading...
Front

Card Range To Study

through

image

Play button

image

Play button

image

Progress

1/31

Click to flip

Use LEFT and RIGHT arrow keys to navigate between flashcards;

Use UP and DOWN arrow keys to flip the card;

H to show hint;

A reads text to speech;

31 Cards in this Set

  • Front
  • Back

Descreva a fisiopatologia da reticuloperitonite traumática

O objeto metálico ingerido, vai para o retículo, sendo forçado para dentro deste órgão ou em direção ao rúmen devido às contrações -> ingesta escapa para a cavidade abdominal, causando peritonites



Quais as possíveis consequências de uma reticuloperitonite traumática?

- Endotoxemia-> diminuição do débito cardíaco, diminuindo a pressão cardíaca


- Pericardite


- Indigestão vagal pode ocorrer secundariamente, devido a uma lesão no nervo


- Íleo paralítico


- Abscessos no fígado


- Pleurite ou abscessos no pulmão


- Hipóxia, anóxia e acidose terminal pode levar o animal à morte

Quais os sinais clínicos da reticuloperitonite traumática?

- Atonia rumino-reticular; pode ser acompanhado por timpanismo moderado


- Diminuição da produção de leite


- Anorexia


- Diminuição da produção fecal ou diarréia


- Febre


- Dor

Quais sinais podem ser observados se houver septicemia decorrente da reticuloperitonite traumática?

- Peritonite localizada: sinais leves de septicemia, pulso 80-90, vasos epsclerais pouco ejetados


- Peritonite difusa generalizada: severos sinais de septicemia, vasos epsclerais bastante ejetados, 10-12% de desidratação, pirexia, pulso rápido e fino, taquipnéia, extremidades frias, petéquias hemorrágicas


- Peritonites crônicas: resultados de abscessos perireticulares ou síndrome de indigestão vagal secundária

Como o tratamento da reticuloperitonite traumática deve ser feito?

- Ruminotomia para a retirada de corpos estranhos e drenagem de abscessos noretículo


- Antibioticoterapia


- Utilização de ímãs


- Descarte do animal (casos severos e custo-benefício do tratamento)

Quais as principais causas de uma indigestão vagal ou síndrome de Hoflound?

Retículo peritonite traumática; hérnia diafragmática; hepatite; linfadenite leucótica

Que tipo de lesão no vago é mais frequente? Por que?

ramo ventral do vago -> se divide entre retículo, omaso, fígado e diafragma, regiões que no bovino são susceptíveis a várias inflamações

Quais são os tipos de transtornos vagais?

- Estenose funcional entre retículo e omaso, com atonia do retículo e rúmen


- Estenose funcional entre retículo e omaso com mobilidade normal ou hipermotilidade do retículo-rúmen


- Estenose funcional permanente do piloro com atonia do retículo ou mobilidade normal


- Estenose funcional incompleta do piloro

Quais os sinais clínicos da estenose funcional anterior?

- Diminuição do apetite, enfraquecimento e desidratação


- Timpanismo recidivante, aumento progressivo do volume abdominal,alteração na quantidade e consistência das fezes (duras, cobertas de muco)


- Aumento de volume abdominal envolvendo todo o lado esquerdo


- Comportamento apático, lordose, temperatura normal


- A movimentação do rúmen pode esta aumentada, porém as contrações sãobsuperficiais e não se escuta o ruído característico de crepitação do rúmen, e sim borborigmos


- O conteúdo ruminal geralmente está liquefeito ou espumoso, de cor verde escuro

Quais os sinais clínicos da estenose funcional posterior?

- Dilatação do abomaso (difícil diagnóstico)


- Diagnóstico 2 a 3 dias depois, quando desenvolvido uma dilatação secundária do abomaso e rúmen ou quando evolui para estenose anterior

Como é possível fechar o diagnóstico de estenose funcional?

- Administrar ao paciente carvão vegetal, junto com 1a 2 litros de uma solução a 10% de cloreto de sódio para produzir o reflexo de fechamento da goteira esofágica -> Depois de 2 a 3 minutos se procede a punção do abomaso para verificar se o corante chegou ao órgão.


Se existir reflexo de fechamento da goteira esofágica, pode-se descartar a estenose funcional anterior. Porém se o corante não chega ao abomaso,não é confirmatório, pois em animais sadios o reflexo pode estar ausente



- Prova da atropina: a atropina paralisa o vago e sua aplicação produz uma umento da freqüência cardíaca em caso de uma bradicardia vagotônica. Aplica-se atropina, se a FC aumentar em pelo menos 16%, pode-se dizer com grande segurança que existe lesão do vago

O que é observado nos diferentes tipos de estenose funcional quando se realiza uma laparotomia exploratória?

- Estenose anterior: retículo e rúmen muito dilatados e conteúdo líquido eespumoso. O omaso e o abomaso estão encolhidos e vazios. A abertura retículo-omasal está muita aberta e ao ser palpada não mostra tonicidade



- Estenose posterior: abomaso dilatado e repleto de conteúdo firme. De acordo com a duração da estenose do piloro, também se encontram cheios e dilatados o omaso e o rúmen. Se a duração é curta se mantém a estratificação dos alimentos no rúmen

Como o tratamento da estenose funcional pode ser realizado?

- Prognóstico desfavorável


- Pequenas possibilidades de êxito quando se trata de uma paralisia parcial do vago. Isto se reconhece por: omaso tem consistência firme; abertura retículo-omasal tem ainda uma relativa contratilidade; conteúdo do rúmen mostra ainda uma estratificação



- Eliminação da causa: retirada de corpos estranhos, drenagem de abscessos; administração de suco ruminal e vitaminas do complexo B; estimulantes: gluconato de cálcio, ACTH, glicocorticóides

Quais animais estão mais propensos a sofrerem deslocamento de abomaso?

- primeiro mês após a parição


- causas mais prováveis incluem fatores metabólicos (alcalose, hipocalcemia, etc...)ou fatores nutricionais (baixo consumo de fibra efetiva na dieta e alto de carboidratosaltamente fermentáveis) que resultam em atonia abomasal


- deslocamento mecânico do rúmen, com subseqüente deslocamento do abomaso, pelo útero no pós-parto


- Vacas com 4 anos ou mais velhas (mais de três lactações) -> maior hipocalemia

Descreva a fisiopatologia do deslocamento do abomaso

- relacionado a doenças do periparto (metrite, mastite e febre do leite)


- atonia do abomaso devido a desequilíbrio eletrolítico(hipocalcemia, alcalose metabólica) ou endotoxemias


- alta produção de AGVs em associação com altos níveis de concentrado na dieta,são freqüentemente causas de atonia abomasal



- No abomaso com atonia ou hipotonia, os gases da fermentação se acumulam, então o órgão “flutua” para a posição de deslocamento

Quais são os sinais clínicos do deslocamento de abomaso para a esquerda?

- Sintomas moderados quando não há doenças concorrentes


- Diminuição da produção de leite de modo progressivo


- A vaca, caracteristicamente, se recusa a comer concentrados, mas continuao consumo de forragens


- Diminuição da condição corporal


- Contração ruminal diminuída e fezes são escassas e pastosas


- Auscultação e percussão simultânea da fossa paralombar esquerda revela um som característico (“ping”), indicando a interface entre água e gás


- Alcalose metabólica, com a urina ácida

Quais são os sinais clínicos do deslocamento de abomaso para a direita?

- Quando não se complica é clinicamente parecido com o deslocamento paraa esquerda


- A percussão e auscultação simultânea revelam um consistente “Ping” aonível das últimas costelas.

Quais os sinais clínicos do vólvulo e torçao abomasal direita?

- Animais deprimidos com sinais de dor abdominal


- Podem ter diarréia fétida e aquosa


- T, pulsação e FR estão geralmente aumentados


- O abomaso distendido pode ser palpado através do reto


- A produção de leite cai drasticamente e a vaca se encontra anoréxica


- Profunda hipocloremia e alcalose metabólica hipocalcêmica


- Morte por choque endotóxico ocorre rapidamente devido ao infarto do abomaso

Quais são importantes diagnósticos diferenciais do deslocamento de abomaso?

- Cetose primária (não há presença de “ping”)


- Timpanismo ruminal, pneumoperitôneo, e rúmen colabado podem produzir "ping” do lado esquerdo da vaca


- Uma fisometra (ar no útero) e a dilatação e deslocamento do ceco para o lado esquerdo do rúmen, podem raramente também produzir “pings” do lado esquerdo


- Pode haver “ping” do lado direito nos casos de dilatação cecal, presença de gás nos intestinos , fisometra e pneumoperitôneo

Como deve ser feito o tratamento de deslocamento/vólvulo do abomaso?

- correção da alteração primária


- correção cirúrgica ou não cirúrgica (rolamento da vaca: somente para deslocamento de abomaso para a esquerda)


- restabelecimento do volume circulatório normal, parâmetros normais dos gases sanguíneos e eletrólitos


- Hidratação e suplementação eletrolítica são essenciais


- deve ser fornecido feno de boa qualidadeno mínimo durante 3 dias,K e vit B até o retornoda função gastrointestinal normal

Descreva a fisiopatologia das úlceras de abomaso

- Estresses físicos e hiperacidez contribuem para a formação de úlceras -> liberação de corticóides, aumento da secreção ácida do estômago e diminuição do pH abomasal


- A concentração de ácido clorídrico e pepsina na curvatura maior do abomaso, pode ser causador de úlceras


- Altas taxas de concentrado na dieta das vacas -> aumentam a produção de AGVs -> danoso à mucosa gástrica por permitir a difusão de íons hidrogênio no lúmen do abomaso, predispondoà úlcera gástrica


- Linfossarcoma -> altera a circulação do abomaso

Quais os sinais clínicos das úlceras de abomaso?

- Varia com a severidade das úlceras


- Lesões leves podem ser assintomáticas, ou podem apresentar fezes escuras


- Diminuição moderada da produção de leite


- Úlcera hemorrágica: anemia, mucosa pálida, taquisfigmia, taquipnéia e fraqueza


- Úlcera perfurante e peritonite local: hipertermia, taquicardia, contração do rúmen diminuída em freqüência e amplitude, dor abdominal

Como as úlceras abomasais podem ser diagnosticadas?

- Difícil diagnosticar úlceras abomasais sem hemorragia


- Dor à palpação profunda do lado direito do abdômen


- Anemia


- No caso de úlceras perfurantes, há uma leucocitose e o fibrinogênio estáaumentado

Como o tratamento de úlceras abomasais deve ser feito?

- Terapia de suporte


- Manter as vacas em locais não estressantes, oferecendo feno de boa qualidade


- silagem e concentrados devem ser evitados da dieta dos animais por 5 a 14 dias


- cacas com úlceras hemorrágicas podem necessitar de transfusão de sangue


- Antibioticoterapia deve ser usada em vacas com úlceras perfurantes

Qual a fisiopatologia da impactação abomasal?

- Impactação primária: contínuo consumo de forragem de baixa qualidade ->retenção ruminal diminui, passando ao abomaso alimento não digerido; Atonia abomasal


- Impactação secundária: danos às ramificações do nervo vago (adesões peritoniais resultantes deretículo peritonite traumática e linfadenomegalia mediastinal; abscessos, tumores, ou ingestão de placenta, podem causar obstrução docpiloro, provocando a impactação abomasal secundária

Quais os sinais clínicos da impactação abomasal?

- Anorexia, desidratação e inanição


- Alcalose metabólica resultando com hipocalemia


- Parâmetros ruminais estão normais, mas com a progressão da anorexia pode haver mudanças na atividade ruminal


- Redução do azul de metileno com tempo maior que 5 minutos


- O número de protozoários e sua atividade podem estar diminuídos e as bactérias gram (–) podem predominar

Qual o tratamento da impactação abomasal?

- Depende da gravidade e cronicidade da impactação


- Correção do fluído e do desequilíbrio eletrolítico


- Óleos minerais (por vários dias) e sulfato de magnésio


- Laparotomia ou ruminotomia

Descreva a fisiopatologia da dilatação cecal

- Atonia do ceco, seguida de acúmulo de gás dentro do órgão , com subseqüente dilatação e torção


- Altas concentrações de AGVs no ceco diminuem a sua motilidade; isto é visto em vacas que comem grandes quantidades de concentrado. O butirato é o mais inibidor de motilidade em relação aos outros ácidos graxos

Quais os sinais clínicos da dilatação cecal?

- Anorexia progressiva em um período superior a uma semana


- Queda na produção de leite


- Fezes escassas e pastosas


- Desidratação, hipocloremia e alcalose metabólica hipocalcêmica


- Cetose moderada


- Torção cecal: anorexia completa, drástica queda na produção de leite

Como é feito o diagnóstico da dilatação cecal?

- À palpação retal, o ceco distendido pode ser percebido


- Auscultação com percussão pode revelar um ”ping” no flanco direito na porção dorsal


- Diagnóstico diferencial:


-> intussuscepção: intestino delgado dilatado, massa palpável em forma de salsicha, ausência de “ping” cecal;


-> deslocamento de abomaso para a direita com torção: ausência de “ping” cecal, achado retal negativo, abomaso palpável do lado direito do abdômen


-> Cetose primária: ausência de “ping” cecal, achados retais negativos, sem cólicas


-> Gás no cólon em espiral: ausência de dor, dilatação pelo exame retal, doença primária

Como o tratamento da dilatação cecal é feito?

- Hidratação e correção dos fluidos eletrolíticos


- Os casos mais severos (torção) necessitam de cirurgia.